Quem há muito me conhece e atura, diz que as minhas maiores virtudes são a garra, a determinação, a capacidade de gerir e enfrentar os problemas de frente – de modo racional e ponderado – sem nunca virar a cara à luta... mas, nos tempos mais recentes, essas pessoas mais próximas têm-me alertado para a gradual perda das minhas capacidades de “luta”, do meu estado alienado [conformado? Derrotado?], da minha (re)auto-exclusão social e humana!
Não tenho como negar... sim, estou numa fase em que não tenho capacidade de luta e de resposta às contrariedades... estou “deprimido”, isolo-me [ou isolam-me?] mas não derrotado [isso nunca, não para já!], mas, não é só isto, há algo mais, outra coisa, a coisa mais importante, é dela que vou falar, em particular para vós (amigos) para vos esclarecer e serenar [embora creia que tal não fosse necessário].
Vou falar então da construção (salutar) do meu carácter humilde [embora tal possa parecer pretensioso e arrogante!?]...
Humilde, não é: submisso, medíocre, estagnado, etc. É, isso sim, ter a capacidade de assumir fragilidades, limites, perder a ilusão que somos donos da razão, de que sozinhos podemos (sobre)viver, mudar tudo e todos à nossa vontade, ou seja, adquirir humildade é adquirir saber, é crescer enquanto ser [enquanto ser social sobretudo], é ficar mais atento ao que e a quem te rodeia e te libertares das correntes do Ego [maldito mal!].
Por isto estou agradado com a minha mutação [embora esta aparente perda de "sangue na guelra" e conformação] para um caracter mais humilde... agradam-me as (novas) percepções permitidas... poder ver, ouvir e pensar (conhecer?) melhor o outro [a Ti] e por consequência também conhecer-me melhor!
Hoje olhem para o "lado" e não para "dentro"... Desejos de uma noite não "branca"!
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