sábado, 15 de setembro de 2007

Correcção

Numa das postagens anterios, referi-me a Foz Côa com pertencendo a região de Trás-os-Montes, tal é uma incorrecção, pois este concelho é já pertença da região da Beira Alta.

O desejo de um bom fim de semana

terça-feira, 11 de setembro de 2007

NoiteBranca, a 11ª (Regresso à FLUP)

Amanha volto á faculdade... ufff vai doer!!!

Tenham uma Boa Noite, de sono e não “Branca”…

Sebadelhe... a "paz"


Foi na pequena freguesia de Sebadelhe, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, que fiquei alojado nas minhas mini-ferias, pelo que decidi deixar um pouco da historia de tão acolhedor local...

«No termo da freguesia de Sebadelhe não temos, por enquanto, referência de vestígios de relevo em relação a ocupações durante a Pré-História. Vários têm sido os historiadores a tentar referenciar, no lugar do Castelo, um provável Castro da Idade do Ferro. Disso estamos também convictos. São já importantes e vastos os vestígios dos primeiros séculos da nossa era (período da Romanização), encontrando-se esses mesmos vestígios (de restos de tégula, imbrices, dolium, pedra de aparelho, opus signinum...), nos lugares de REI NEMÃO (perto já da ribeira Teja - margem direita), QUINTA DAS VENDAS e SOUTINHO / VALE DE JUNCO (este bem perto do lugar do Castelo).

Segundo Pinto Ferreira, na sua obra «0 Antigo Concelho de Freixo de Numão», o terramoto de 1755 teria feito derruir velhas ruínas de uma torre, talvez restos de um Castelo Medieval. Ainda, segundo a tradição, o provável Castelo medieval de Sebadelhe teria sido reedificado sobre as ruínas de um castro, por ordem de D. Sancho I (Vid. «Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses», do General João d' Almeida).

Num documento do século X, que faz referência de uma doação da Condessa D. Flâmula a D. Mumadona, aparecem citados vários Castelos entre os quais o de «Sebatelli» que alguns historiadores têm feito recair sobre «Sebadelhe da Serra». Poderá, no entanto, ser o mesmo deste Sebadelhe (concelho de Vila Nova de Foz Côa).

Nos fins do século XIV era aldeia do concelho de Numão, tendo dois dos seus habitantes, Domingos Cão c João Peres participado na reunião que escolheu o procurador concelhio às cortes de Torres Novas (1350).

No século XVI contava 30 moradores, conforme apurou o recenseamento de 1527.

Existe nesta povoação um monumento em granito, constituído por uma coluna oitavada, rematada por um capitel quadrangular dentado, que assenta numa base de dois degraus. 0 degrau inferior é quadrangular e o segundo circular. Tem sido considerado um pelourinho. Ultimamente foi avançada a hipótese de que se trata de um cruzeiro mutilado, provavelmente quinhentista. O facto de até agora não ter sido divulgada documentação a atestar que Sebadelhe alguma vez tenha sido vila não deixa de dar força a essa ideia.

Ainda no século XVI foi a igreja de Sebadelhe anexada à Universidade de Coimbra. Como proprietária que era, cabia-lhe fazer obras de conservação, como de facto veio a acontecer no início do século XVII e no século XVIII. Em 1602 entrava água na sacristia, pelo que foi decidido entulhá-la de forma a ganhar altura, evitando assim a penetração das águas. No século seguinte arruinou-se o campanário, sendo de novo pedida a intervenção da Universidade.

À semelhança de outras povoações, são do século XVIII alguns dos principais edifícios religiosos e particulares. Encontram-se neste caso a capela de Nossa Senhora da Piedade, a Capela de S. Sebastião e a Casa da Família Donas Boto.

Nos alvores do século XIX dá-se a reconstrução da igreja matriz que o terramoto de 1755 tinha arruinado.»

Fonte e mais informação em: http://www.cm-fozcoa.pt/php/concelho/freguesias/sebadelhe/index.php

Igreja Matriz

"Casa Nova de Sebadelhe" (o local onde fiquei alojado)

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

NoiteBranca, a 10ª (Diana Krall - "Fly me to the moon")

De volta de umas mini-ferias [merecidas, julgo...] de 5 dias na região de Foz Côa... 5 dias de repouso e paz... sinto-me revigorado (e cansado da viagem de volta)...
Prometo fotos e respectivo texto em breve...

Deixo no entanto um vídeo, que pode representar aquilo que de belo tem o Jazz... lindíssima voz (e mulher), belo instrumental e letra... e acima de tudo "alma" e prazer nos executantes

Tenham uma Boa Noite [como as que tive... finalmente!], de sono e não “Branca”…

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

"On the Road..."

Estou a finalizar a preparação de malas e apetrechos para um mínimo da 3 semanas arqueológicas, pois irei participar em mais duas escavações - 1 semana em Nisa (Alentejo) e um mínimo de 2 semanas em Vila Nova de Foz Côa (Trás-os-Montes), por isto o blog ira estar inactivo... Espero que este período seja produtivo a nível pessoal e de aprendizagem, prometo noticias e fotos assim que tenha oportunidade de as colocar.
Portem-se

NoiteBranca, a 9ª (... a saga)

Consegui inscrever-me na faculdade... finalmente parece que deu.
Já boa parte dos meus colegas de curso continuam com problemas em faze-lo [devo ser uma espécie de previligiado], para eles: "boa sorte!"

Tenham uma Boa Noite, de sono e não “Branca”…

Peter Murphy - "Cuts You Up"

musica: "Cuts You Up"
interprete: Peter Murphy
album: Deep, 1990

terça-feira, 4 de setembro de 2007

NoiteBranca, a 8ª (... continuar!?)

Eu, a FLUP e a Arqueologia…

Nunca foi muito agradável para mim o espaço e a instituição que é a Faculdade, e provavelmente por isto nos três anos de frequência e relacionamento com esta instituição tantos problemas e preocupações arranjei, já tendo ate ponderado mais do que uma vez a desistência (do curso 1º, de estudar depois). Estou outra vez num desses momentos…

Como se pode ler no post anterior [se bem que esse tenha sido escrito em tom sarcástico e de comedia] o meu descontentamento e as situações anómalas que acontecem por lá são notórias (aquilo que escrevi é apenas uma pequena amostra), sendo que a vontade de continuar é muito pouco, e continuar contrariado – e por consequência, incorrer no risco de chumbar – algo que não pode acontecer de modo algum pois suportar os gastos com estudos esta a tornar-se incomportável… [arranjar emprego mesmo enquanto estudo é algo obrigatório este ano].

Estar numa instituição que não funciona (isto é, a tesouraria funciona sempre sem problemas e os 950 euros de propinas não haverá “problemas técnicos” aquando do seu pagamento), em que o ensino não é satisfatório e não esta vocacionado para o mundo do trabalho, fechada para a sociedade, cheia de eternos abutres que a povoam e que a mantêm num marasmo doentio, com uma associação de estudantes acéfala e que prima pela mediocridade (há que manter-se ao nível das instituição) e em que a generalidade dos estudantes parece estar “socialmente alienado” vivendo para o seu “ego”, não se apercebendo, ou não querendo aperceber-se (que é ainda mais preocupante) do desrespeito de que são alvo e de como desrespeitam os seus pares, é para mim demasiado doloroso, doentio e perturbador. Por isto encontro-me em ponderação – e se não terminar o curso de arqueologia esteja completamente fora de questão, seria demasiado estúpido deitar o que esta já feito janela fora – congelar a licenciatura durante este ano lectivo (evitando as propinas se possível) e tratar da transferência para um outro local [que pode ate ser pior, mas a mudança é precisa] é uma ideia que me soa a agradável e me apazigua… sim estou perturbado, pois para me manter a estudar e para levar o curso seriamente praticamente passei a viver unicamente em função disso, o que não me satisfaz…

Ver amanha se me inscrevo ou não, isto se não adiarem de novo por “problemas técnicos”

…. bom, eu prometi no início deste espaço não “tratar de mim”, pelo que será melhor parar com isto… as minhas desculpas

Tenham uma Boa Noite, de sono e não “Branca”…

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

FLUP, ou a instituição do “neo-kafkianismo”

Sinto-me um cidadão desrespeitado pelos serviços públicos – sim aqueles que todos pagamos e de que somos “patrões”, que servem para nos servir.

Passo a explicar: sou aluno da Fac. Letras da Unv. Porto (vulgo FLUP) – ou como eu simpaticamente a apelido “circo” – e circo porque? Porque dentro deste estabelecimento se passam as situações mais idiotas, desrespeitosas e incoerentes que se possa imaginar…

Embora já nada me surpreenda vindo desta “instituição” – a competência e boa qualidade de serviços (desde a qualidade do ensino, passando pelos serviços como secretarias, bares e cantina, departamentos, biblioteca…etc. terminando numa fabulosa associação de estudantes) são a imagem de marca… ou então não – o ultimo acontecimento prende-se com as inscrições no novo ano lectivo. Estas inscrições tinham o inicio previsto para o dia de hoje (3 Setembro) via web ou então dirigindo-nos aos serviços académicos no edifico da faculdade… claro esta deu barraca.

As inscrições via Internet não estão ainda disponíveis, estariam segundo indicação no site da FLUP (já um 1º aviso de “problemas técnicos”) disponíveis ao final da tarde [não sei que hora concreta é o “final da tarde”!], e oohh surpresa ao “final da tarde” novo aviso: “inscrições disponíveis a partir do dia 4 (amanha) ás 10 horas.” Mas o melhor ter-se-á passado nos serviços da própria instituição, ou seja , pois segundo um colega, por também não havia informação atempada e também não houveram inscrições, ou seja, quem se dirigiu perdeu um dia para? NADA… Justificação? Simplesmente digo eu: “bem-vindos ao fabuloso mundo da FLUP”.

Mas… esperem há mais!!! [ou julgavam que isto da FLUP era assunto tão básico/banal e sem sabor), este ano vai dar-se a integração em”Bolonha” [sim tão tarde!] e feita à pressa e encima do joelho…. Como tal, idiotice e barracada pela certa…

Não conhecendo o panorama dos restantes cursos do “estabelecimento”, na licenciatura de Arqueologia, o panorama da mudança (é mais uma espécie de pilling… que correu mal) é digno figurar entre a literatura do incoerente e do absurdo… se Jaroslav Hasek tivesse tido conhecimento desta ilustre instituição não teria certamente escrito “O Valente Soldado Chveik”, teria isso sim as absurdas peripécias de: “Um discente (valente) na FLUP”… mas vamos lá então à descrição da comédia: muda o nome da licenciatura, mudam o nº de anos para a terminar de 4 para 3, mudam os nomes das cadeiras – mantendo os «conteúdos» [sim ás aspas indicam sarcasmo] e os docentes – reduzem a nada a pouca componente pratica do curso [claramente arqueologia não necessita de uma componente pratica… enfim, palhaços], e reduzem também as possibilidades de realização e do nº de cadeiras de opção (embora no plano do curso elas sejam em numero e teor bastante apelativo… teoria e pratica são dispares), alunos a transitarem de regime a meio do curso [que é o meu caso] com processos de equivalências ainda incompreensíveis. Mas estas incoerências eram aquelas já esperadas. As novas surgiram nos dias de ontem e de hoje, passo a explicar: com a integração e “Bolonha” são exigidas uma maior componente de trabalho e investigação por parte dos alunos, bem como uma presença/frequência assídua mas aulas (75% no caso do meu curso) num regime vulgarmente chamado de avaliação continua… em arqueologia tal regime incorre no risco de se tornar num “neo-kafakianismo” devido ao absurdo do seu estado actual: começo pelos horários, em que os horários das poucas cadeiras optativas que comporta o curso são os mesmos das cadeiras base do curso (isto pelo menos no caso do meu ano, o 3º), ou seja, tendo que estar presente em 75% das aulas e tendo as diferentes cadeiras no mesmo dia e hora, terei ou que me multiplicar (ao estilo “dragon ball”) acho que não sou capaz… ou então arranjar um clone (não sabia que tal já era permitido!), pois senão estou automaticamente reprovado. A questão ganha contornos ainda mais ridículos quando ao ler o programa das disciplinas que irei ter de frequentar ao longo do ano lectivo, terem com única componente de avaliação, ou seja, a totalidade da aprovação, dependente de um…. Exame final (de 2horas), então onde esta a investigação e a orientação e proximidade dos docentes requeridas e tão empoladas como uma das inovações e melhoramentos obtidos com “Bolonha”? Nah, para quê… o que importa é prender por obrigação os alunos nas aulas (aulas sem conteúdo na maior parte das vezes e em que se ouve “lavares de roupa suja”) pois os senhores doutores estavam a ficar sem uma plateia de “carneiros ouvintes e mudos” – sim pois aluno não deve intervir/interagir com o processo de conhecimento, deve sim ouvir e papagear - e o seu ego devia estar a ressentir-se… coitados!

Ufffff… estou cansado desta FLUP… absurdo e incompetência em excesso são duma monotonia…