sábado, 14 de fevereiro de 2009

Impressões [3] - momento(s)

O sono foi agitado, há muito tempo que não pensava nisto, na saudade de algo que nunca o foi, saudades de Ti... do teu olhar, do teu sorriso, da tua voz, dos nossos diálogos e silêncios... do teu jeito de ser: frágil e cruel, egoísta e carinhosa...

Há muito que não te vejo, estás longe física e emocionalmente, provavelmente é algo que não tornará a acontecer...
Tenho saudades tuas... que se passou para chegar a isto? Porque nunca fui eu capaz de te confrontar directamente com o que sentia, ou sinto? Porque hesitei sempre? Porque te afastei e deixei que me manuseasses e desconsiderasses ao teu bel-prazer?

Sinto falta de ti (de nós!), dos nossos momentos: jantares - dos sofisticados e dos frugais, dos auxílios que nos prestamos mutuamente, do cinema... daquela noite de fado inesperada e quase mágica... da musica!

Estás longe e provavelmente nunca virás a ler esta confissão!
E se a leres perceberás que é para Ti que a escrevo?
Perceberás o mal que estou e o mal que me causas(te)? Perceberás o quanto te quero, mesmo do meu jeito desajeitado e inconsequente?

Sinto-me órfão daquilo que foi, daquilo que poderia ter sido e de um devir que uma leve esperança alimenta em mim...

2 comentários:

danimira disse...

Para lá do facto de seres amigo de alguém que eu gosto muito e de não seres uma pessoa com quem conviva, não pude evitar comentar...

Muito bom texto. Comovente e cheio de emoções. E talvez por andar mais sensível ultimamente quase me puxou uma lágrima... ou duas...

Gostei de ler, não só este texto, mas o blog em geral. Bom trabalho... :)

Mauro disse...

Obrigado pela(s) visita(s) e pelas palavras...

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