sábado, 14 de junho de 2008

"O triunfo da Morte"

"O triunfo da Morte", 1562; (Pieter Brueghel, o velho; c.1525-1569)
(óleo sobre painel de madeira; Museu do Prado, Madrid)

Tela interpretada como uma alegoria à peste negra, que assolava periodicamente a população europeia (séculos XIV a XVI sobretudo, se bem que com "ciclos" até ao século XVIII) da época.

Exércitos de esqueletos avançam sem parar, desde o horizonte, arrasando tudo por onde passam. Num primeiro plano desenrola-se a batalha final contra as hostes do mal, que usam tampas de caixões à guisa de escudos. O massacre é apoteótico, os homens são despejados em massa para um túnel que parece a porta do inferno (direita). Um esqueleto que monta um esfomeado cavalo percorre o campo de batalha ceifando cabeças com uma gadanha (centro), enquanto o carro dos mortos recolhe os crânios (esquerda).
Sucumbem à morte, nobres e plebeus sem distinção. No primeiro plano (da esquerda para a direita) o rei agoniza enquanto a morte lhe rouba as riquezas. Os bispos e monjas caiem, e de nada serve aos nobres cavaleiros enfrentarem-se de espada na mão. Como único sinal de esperança, o tocador e uma dama dedicam as suas últimas horas a cortejar-se amorosamente, alheios a tanta destruição(extremo direito inferior).



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