domingo, 20 de março de 2011

ao ritmo dos tempos (século XXI)

Esta noite apaixonei-me, com uma intensidade tal que teria forças para erguer, sozinho, uma cidade.
Esta noite o objecto de desejo ignorou-me, minto, rejeitou-me.
Esta noite senti-me o mais frágil dos seres.
Esta madrugada quis morrer, estar não faz sentido, a rejeição e a indiferença corroem e o desejo é não correspondido.
Esta madrugada não tive coragem de morrer, refugiei-me na solidão e numa garrafa de bom vinho.
Esta madrugada sofri.
Esta manha desejo esquecer, mas o desejo é ainda muito intenso.
Esta manha continuo sozinho, é o único modo que me sinto capaz de ser.
Esta manha vi pela janela apaixonei-me e esqueci tudo o resto.

Sem comentários: