Desde há muito que acho os “fins-de-semana em ferias” momentos deveras estranhos e desconcertantes, situação que se pode agravar exponencialmente no mês de Agosto. Passo a explicar: para quem como eu não tem grandes possibilidades/facilidades (por variados motivos) de realizar aquilo que eu chamo de “verdadeiras férias”, ou seja sair/deslocar-se por uma temporada para outros locais que não os que presenciamos diariamente, sejam uma outra cidade (vila ou localidade), um outro país, outro continente, ou para os mais excêntricos sair – literalmente – deste planeta (com as viagens espaciais), os fins-de-semana durante as ferias podem tornar-se um verdadeiro pesadelo – pelo tédio que potencialmente comportam – pois estando no mês de Agosto incorremos no risco daqueles que nos são próximos estarem “Em Férias”, que foi o que aconteceu, pelo que ficar por casa foi uma espécie de condenação. Para tornar a situação ainda mais “incomoda” este foi fim-de-semana de romaria (em miniatura, ou como são por aqui conhecidas: fim de semana de peidinho) aqui no lugar do Calvário – sim vivo num sítio chamado Monte do Calvário [não podia ter nome mais apropriado], mesmo sobre o centro de Gondomar, embora pareça perdido no tempo e no espaço da civilização – em consagração, salvo erro, da Senhora da Agonia. Não faltaram iluminações e musica (popular, mas maioritariamente pimba, que esta ainda a dar comigo em doido!!!) nas ruas, a procissão – com uns interessantes efeitos florais (ainda em construção na foto) colocados nas ruas, e como não podia deixar de ser, as almoçaradas de família (montes de comida, ainda mais bebida e ainda mais barulho e confusão!) no Domingo [que não tive pois não sou daqui se assim se pode dizer] daquelas que se prolongam ate ao jantar. Almoçaradas das quais não sou propriamente um apreciador, mas que nos proporcionam sempre alguns bons momentos…
(Crianças a brincar em almoçarada/jantar
de "rua")
Ficar em casa, fez com que deitasse “mãos à obra” a uma espécie de limpeza das minhas prateleiras de livros e “papelada” (fotocopias, desenhos, etc.), isto porque tenho demasiados livros e pouco espaço digno para os mesmos, pelo que tive que seleccionar – mais uma vez – os livro a encaixotar (com lugar garantido debaixo de uma cama ou em cima de um roupeiro – ambos muito pouco dignos para tais objectos) e, mais uma vez fui incapaz de enviar para tais locais livros de ficção – “lúdicos” (narrativas, romances, contos…) e livros de arte, pelo que os pobres livros “técnicos” (de tema arqueológico e histórico maioritariamente) foram mais uma vez os sacrificados. Perguntando-me o porque de tal suceder por norma quando destas “arrumações”, encontro apenas uma resposta [muito pouco satisfatória!]: é uma questão sentimental! Pergunto-me já lhes aconteceu?
Assim me despeço…
Tenham uma Boa Noite, de sono e não “Branca”… (pois amanha pode ser dia de trabalho)
PS: Ja me esquecia, o meu F.C.Porto finalmente voltou a ganhar ao Sporting... uff... já estava a tornar-se uma situação muito (in)tranquila :P
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