Cheguei faz pouco tempo das urgências do hospital de Lagos, onde confirmei ter uma entorse no tornozelo direito devido a um "mau jeito" que dei ontem... agora é repouso e esperar estar em condições para trabalhar 2ª feira.
Enquanto esperava para ser atendido - e a espera foi longa como é costume - entrou na sala das urgências um homem, idoso, em cadeira de rodas - guiado pela sua atenciosa e carinhosa esposa - cujo estado em pouco ou nada diferenciava de um cadáver, de um vegetal - um morto-vivo - onde apenas fui capaz de perceber a existência de vida através dos olhos... [esta realidade deixou-me enjoado, senti pena, senti-me incapaz perante a vida, a realidade do momento]... não consegui deixar de imaginar-me preso num corpo que não funcionasse, ou que tivesse deixado de o fazer, com a consciência e a lucidez própria desse (hipotético) estado... é a ideia mais assustadora que me pode surgir (e surge-me de tempos a tempos!). Gostaria que me terminassem com o calvário....
Afinal quão (des)humana é ou não a morte (assistida)?
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