"Claro que essas pessoas não me conhecem, mas eu sim. Conheço-as intimamente; quase lhes decorei as fisionomias - e regozijo-me quando estão alegres, angustio-me quando as vejo tristes. (...)" em: Noites Brancas, F. Dostoievski
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
NoiteBranca a 20ª [imposições...]
Esta consciência é deveras perturbadora, pois este impor não é por norma intencional, e muito menos é uma imposição com intenções de tentativa de domínio sobre o(s) outro(s)...
Que é então este impor que tantas vezes acontece [a mim acontece] e que tanto nos perturba assim que dele tomamos consciência [a mim perturba]?
É a vontade de ser ouvido, de ter alguém com quem comunicar, um semelhante que nos acompanhe, que nos dê humanidade... é o receio da solidão e do efeito de morte lenta e dolorosa desta... é querer Ser e Estar entre iguais, fazer parte de um colectivo... é Ser Humano!
Que me/nos perturba então?
Tornar-mo-nos excedentes entre esses Outros, não encaixar... sentir que estamos a mais... e aí perdemos a habilidade de nos impor...
Afinal não estamos a impor-nos, estamos sim a tentar fazer parte de um colectivo de semelhantes!
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
(ex)Homens
Um abraço meu grande amigo!
sábado, 24 de novembro de 2007
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
NoiteBranca a 19ª
(em: "ouvi dizer" - Ornatos Violeta)
Tenham uma noite não "branca"!
"Ouvi dizer" - Ornatos Violeta
interprete: Ornatos Violeta
álbum: O Monstro Precisa de Amigos, 1999
Os saudosos Ornatos...
... foram uma banda portuguesa de rock alternativo, com fusão de algumas outras tendências. (incluindo o ska e o jazz)
É uma banda originária da cidade do Porto, composta por Manel Cruz na voz, Nuno Prata no baixo, Peixe na guitarra, Kinörm na bateria e Elísio Donas nos teclados. Com apenas dois álbuns publicados, depressa se tornou uma referência na música portuguesa do final dos anos 90, embora a porção da sua carreira correspondente ao seu maior sucesso tenha durado apenas cerca de três anos, separando-se então os seus membros. Deixaram uma legião de fãs e um eterno Mito do Quinto Império.
links: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ornatos_Violeta
http://www.ornatovioleta.pt.vu/
NoiteBranca, a 18ª [dualidade(s)...]
Qual o sentido disto?
Marcar diferença? Não creio... se bem que diferença seja algo de salutar!
Então o quê? Todo esta criação de opostos passa a meu ver por um julgamento moral e de domínio de uma das partes sobre a outra... turvando deste a visão do outro, tomando-o então como inferior, pior, imoral... Quando na realidade o outro apesar das diferenças tem também semelhanças, é também complemento e parte do todo que almejamos ser e só o conseguimos quando retiramos do nosso ser este "critério de dualidades e opostos".
Porque afinal o oposto pode ser simplesmente o nosso reflexo nas águas de um lago...
Desculpem a divagação louca...
Desejos de uma boa noite... não "Branca"!
terça-feira, 20 de novembro de 2007
"A Natural Disaster" - Anathema
musica: A Natural Disaster
interprete: Anathema
álbum: A Natural Disaster, 2004
Banda criadora de ambientes sublimes...
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
domingo, 18 de novembro de 2007
NoiteBranca a 17ª (paralelismo...)
Uma boa noite de sono e não "branca"!
"River of Deceit" - Mad Season
musica: River of Deceit
interprete: Mad Season
álbum: Above, 1995
links: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mad_Season http://wc09.allmusic.com/cg/amg.dll?p=amg&searchlink=MAD|SEASON&sql=11:gxfpxqlgldde~T1
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
"Hoochie Coochie Man" - Muddy Waters
Muddy Waters no Festival de Jazz de Montreaux, 1972
Great blues... yeah!
"Hunger Strike" - Temple of the Dog
musica: Hunger Strike
interprete: Temple of the Dog
álbum: Temple of the Dog, 1990
Os Temple of the Dog foram mais um projecto temporário de alguns amigos em homenagem ao cantor Andrew Wood do que propriamente uma banda. Andrew foi vocalista do Mother Love Bone, uma das bandas pioneiras do grunge, e morreu em março de 1990, vítima de uma overdose de heroína.
Fizeram parte deste projecto: dois membros dos Soundgarden, o vocalista Chris Cornell (que conhecia Andrew, pois havia sido seu companheiro de quarto em Seattle) e o baterista Matt Cameron; dois ex-membros dos Mother Love Bone, o guitarrista Stone Gossard e o baixista Jeff Ament; além de dois ainda desconhecidos amigos de Gossard, o vocalista Eddie Vedder e o guitarrista Mike McCready.
Gravaram um único álbum auto-intitulado, que saiu pela A&M Records, em 1991. O disco recebeu críticas positivas, mas só recebeu a atenção que merecia depois dos Pearl Jam (banda formada por Gossard, Ament, Vedder e McCready após o fim dos Temple of the Dog) estourou ao redor do mundo com seu primeiro disco chamado "Ten".
O nome Temple of the Dog foi tirado de uma das músicas compostas por Andrew para os Mother Love Bone, chamada "Man of Golden Words". Destacam-se nesse disco algumas excelentes músicas como "Say Hello 2 Heaven" e "Reach Down" (ambas compostas por Chris Cornell quando soube da morte do antigo amigo), além da bela "Hunger Strike", onde Cornell e Vedder protagonizam um inesquecível dueto.
Depois do fim dessa homenagem, Cameron e Cornell voltam para os Soundgarden e o resto, como dito acima, formam os Pearl Jam, que é hoje uma das mais populares bandas nascidas na efervescente Seattle dos inícios da década de 90.
Logo após terminarem o álbum, aconteceu o único concerto dos Temple of the Dog, em 13.11.90. Em Setembro de 1992, os membros reúnem-se pela última vez, no último concerto do festival Lollapallooza daquele ano (que contava com a presença dos Soundgarden e Pearl Jam).
Os Pearl Jam ocasionalmente incluem 'Hunger Strike' em alguns dos seus concertos.
Recentemente, Chris Cornell incluiu na setlist da turne do álbum Euphoria Morning a música "All Night Thing" dos Temple Of The Dog.
O Álbum
Temple Of The Dog, lançado em 1991 pela A&M Records
- Say Hello 2 Heaven
- Reach Down
- Hunger Strike
- Pushin Forward Back
- Call Me A Dog
- Times Of Trouble
- Wooden Jesus
- Your Savior
- Four Walled World
- All Night Thing
Formação
- Chris Cornell: vocal, banjo, harmónica
- Stone Gossard: guitarra
- Mike McCready: guitarra
- Jeff Ament: baixo
- Matt Cameron: bateria, percussão
Participações
- Eddie Vedder: vocal
- Rick Parashar: órgão, piano
http://wm10.allmusic.com/cg/amg.dll?p=amg&searchlink=TEMPLE|OF|THE|DOG&sql=11:dpfyxqt5ld6e~T1
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
"Sur le Fil" - Yann Tiersen
Yann Tiersen e a sua musica são do tipo que se estranha e depois se entranha, ambientes melancólicos, "folk", dramáticos... para ouvir sempre!
musica: Sur le Fil
interprete: Yann Tiersen
álbum: Le Phare, 1998
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
"Letting the Cables Sleep" - Bush
Amazing love song...
titulo: Letting the Cables Sleep
interprete: Bush
álbum: The Science of Things, 1999
terça-feira, 13 de novembro de 2007
NoiteBranca, a 16ª (palavras...)
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
"Most High" - Page and Plant
Musica: Most High
Álbum: Walking Into Clarksdale, 1998
Interprete: Jimmy Page & Robert Plant
domingo, 11 de novembro de 2007
Palavro-sentimentos...

sábado, 10 de novembro de 2007
NoiteBranca, a 15ª (trabalhos ad eternum...)
Este ano o ritmo da faculdade é frenético, há trabalhos para entregar semanalmente, para esta ou aquela cadeira [cada docente deve julgar que só a sua cadeira existe!], a presença nas aulas é obrigatória... quem dera dias com 48 horas - para poder viver e respirar algo mais que faculdade...
Não estando a preparação/apresentação totalmente terminas, estão no bom caminho [assim o espero!] faltando apenas adicionar alguns slides ao powerpoint e afinar alguns conceitos...
Agora o sofá é a única coisa que preenche o meu pensamento...
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Prince Rupert's Drops (lágrimas de vidro)
Prince Rupert's Drops (Lacrymae Batavicae, Rupert's Balls, Lágrimas de Vidro, Larmes de Verre, Tears Glass)...
...é uma espécie de excentricidade no mundo do vidro: criadas derramando uma gota de vidro em fusão - derretido e quente - em agua fria. O vidro arrefecido fica com uma forma "tipo girino" com um bolbo e uma cauda comprida e fina. Da-se um rápido arrefecimento da parte externa do vidro da gota enquanto que o seu interior se mantem relativamente quente. Quando eventualmente o interior arrefece, contrai-se no interior da já sólida camada exterior. Esta contracção provoca grande stress compressivo na superfície enquanto o interior fica sob tensão - uma espécie de vidro temperado. Aliado este stress permanente ás pouco usuais qualidades e características da gota, tais como suportar um golpe de martelo na extremidade bolbosa sem se quebrar, ou desintegra-se completamente numa espécie de explosão em caso de toque - mesmo ligeiro ligeiro - na cauda. Quando isto, a "explosão", ocorre da-se a libertação da quantidade grande de energia potencial armazenada na estrutura da gota, fazendo com que as fracturas se propaguem através do material a alta velocidade - desintegrando-se por completo em pó de vidro.
Reza a lenda, que as gotas foram descobertas supostamente em torno do ano de 1640 pelo Príncipe Rupert do Reno (1619-1682), neto de James I e sobrinho de Charles I de Inglaterra. Diz-se que o rei usaria frequentemente as gotas como uma piada/partida na sua coorte. Dando uma gota a um seu cortesão ou cortesa partindo depois então a cauda causando uma explosão pequena na mão dessa pessoa que se surpreenderia/assustaria...
- http://www.answers.com/topic/prince-rupert-s-drop;
- http://youtube.com/watch?v=Pdy2_vi0FfM
- http://www.inrp.fr/she/images/thermodyn/bataviq.jpg
terça-feira, 6 de novembro de 2007
NoiteBranca, a 14ª (novidade...)
Nao é nada de novo, algo que ninguém alguma vez tenha feito, mas pode ser que leve alguém a ficar interessado em ler esta ou aquela obra e quiçá comenta-la ...
Cérebro, mãos, dedos...

“(…)Na verdade, são poucos os que sabem da existência de um pequeno cérebro em cada um dos dedos da mão, algures entre a falange, a falanginha e a falangeta. Aquele outro órgão a que chamamos cérebro, esse com que viemos ao mundo, esse que transportamos dentro do crânio e que nos transporta a nós para que o transportemos a ele, nunca conseguiu produzir senão intenções vagas, gerais, difusas, e sobretudo pouco variadas, acerca do que as mãos e os dedos deverão fazer. Por exemplo, se ao cérebro da cabeça lhe ocorre a ideia de uma pintura, ou musica, ou escultura, ou literatura, ou boneco de barro, o que ele faz é manifestar o desejo e ficar à espera, a ver o que acontece. Só porque despachou uma ordem ás mãos e aos dedos, crê, ou finge crer, que isso era tudo quanto se necessita para que o trabalho, após umas quantas operações executadas pelas extremidades dos braços, aparecesse feito. Nunca teve a curiosidade de se perguntar por que razão o resultado final dessa manipulação, sempre complexa até nas suas mais simples expressões, se assemelha tão pouco ao que havia imaginado antes de dar instruções ás mãos. Note-se que, ao nascermos, os dedos ainda não têm cérebros, vão-nos formando pouco a pouco com o passar do tempo e o auxílio do que os olhos vêem. O auxílio dos olhos é importante, tanto quanto o auxílio daquilo que por eles é visto. Por isso o que os dedos sempre souberam fazer de melhor foi precisamente revelar o oculto. O que no cérebro possa ser percebido como conhecimento infuso, mágico ou sobrenatural, seja o que for que signifiquem sobrenatural, mágico e infuso, foram os dedos e os seus pequenos cérebros que lho ensinaram. Para que o cérebro da cabeça soubesse o que era a pedra, foi preciso primeiro que os dedos a tocassem, lhe sentissem a aspereza, o peso e a densidade, foi preciso que se ferissem nela. Só muito tempo depois o cérebro compreendeu que daquele pedaço de rocha se poderia fazer uma coisa a que chamaria faca e uma coisa a que chamaria ídolo. O cérebro da cabeça andou toda a vida atrasado em relação ás mãos, e mesmo nestes tempos, quando nos parece que passou à frente delas, ainda são os dedos que têm de lhe explicar as investigações do tacto, o estremecimento da epiderme ao tocar o barro, a dilaceração aguda do cinzel, a mordedura do acido na chapa, a vibração subtil de uma folha de papel estendida, a orografia das texturas, o entramado das fibras, o abecedário em relevo do mundo. E as cores. Manda a verdade que se diga que o cérebro é muito menos entendido em cores do que crê. É certo que consegue ver mais ou menos claramente visto o que os olhos lhe mostram, mas a s mais das vezes sofre do que poderíamos designar por problemas de orientação sempre que chega a a hora de converter em conhecimento o que viu. Graças à inconsciente segurança com que a duração da vida acabou por dota-lo, pronuncia sem hesitar os nomes das cores a que chama elementares e complementarias, mas imediatamente se perde, perplexo, duvidoso, quando tenta formar palavras que possam servir de rótulos ou dísticos explicativos de algo que toca o inefável, de algo que roça o indizível, aquela cor ainda de todo não nascida que, com o assentimento, a cumplicidade, e não raro a surpresa dos próprios olhos, as mãos e os dedos vão criando e que provavelmente nunca chegará a receber o seu justo nome. Ou talvez já o tenha, mas esse só as mãos o conhecem, porque compuseram a tinta como se estivessem a decompor as partes constituintes de uma nota de música, porque se sujaram na sua cor e guardaram a mancha no interior profundo da derme, porque só com esse saber invisível dos dedos se poderá alguma vez pintar a infinita tela dos sonhos. Fiando de que os olhos julgaram ter visto, o cérebro da cabeça afirma que, segundo a luz e as sombras, o vento e a calma, a humidade e a secura, a praia é branca, ou amarela, ou dourada, ou cinzenta, ou roxa ou qualquer coisa entre isto e aquilo, mas depois vêm os dedos e, com um movimento de recolha, como se estivessem a ceifar uma ceara, levantam do chão todas as cores que há no mundo. O que parecia único era plural, o que é plural sê-lo-á ainda mais. Não é menos verdade, contudo, que na fulguração exaltada de um só tom, ou na sua musical modulação, estão presentes e vivos todos os outros, tanto os das cores que já têm nome como os das que ainda o esperam, do mesmo modo que uma extensão de aparência lisa poderá estar cobrindo, ao mesmo tempo que os manifesta, os rastos de todo o vivido e acontecido na historia do mundo. Toda a arqueologia de materiais é uma arqueologia humana. (…)”
Em: “A Caverna”, José Saramago (paginas:
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
NoiteBranca, a 13ª ["Gavetas"... em torno de (Pré)Conceitos]

Conceitos, (pré)conceitos, classificações, normas, conduta…
Faz sentido que sempre que algo “novo” se nos apresenta tenhamos sempre que o catalogar???!!! É-nos impossível agir de outra forma? É isto algo deplorável? Ou apenas natural – outro conceito de difícil resolução – e até de salutar!?
A ver se me explico: sempre que observamos/conhecemos algo ou alguém novo, tendemos logo a “colar-lhe uma etiqueta” mais ou menos abonatória, mais ou menos volátil… E isto baseados em quê? Na impressão que tal nos cause…
Visto assim parece algo deplorável – preconceituoso – arbitrária, sem base racional! Mas será mesmo assim? Não contam a nossa experiência – e educação – em nada neste “julgar”? E em que ou com que peso?
Após tantas duvidas, ficar-me-ia bem procurar dar resposta – sem bem que sempre de carácter pessoal, ou seja, sempre dependente da(s) minha(s) experiência(s) e (pré)conceito – então cá vai:
Como acima escrevo, julgo que é uma quase impossibilidade humana a fuga a este “engavetamento” e formulações de impressões constantes da nossa parte em relação a tudo e todos que nos rodeiam – independentemente do maior ou menos grau de contacto com esse “outro” – pelo que o que há a fazer é tornar estes (pré)conceitos em meios de conhecimento do “outro” – coisa, assunto ou pessoa – ou em ultima instancia não interferir e meramente respeitar e reconhecer a existência desse “outro”…
Reconheço no meu discurso alguma inclareza e falta de objectividade ou até incorrecções estruturais…
Mas não sejamos (pré)conceituosos – ser-nos-á possível??!! – afinal a diferença e diversidade são salutares… E permitem-nos abrir novas gavetas (que é tão bom!) =)
Desejos de uma serena noite… e não “branca”!
sábado, 3 de novembro de 2007
NoiteBranca, a 12ª ("regresso" das NoitesBrancas)
Como todos os "regressos", devo confessar que também este é estranho e difícil, isto porque para que o blogue volte a viver é preciso que nele seja escrito algo de interesse, algo que "valha a pena" e no momento sinto-me uma "Ilha", aguem sem nada útil para dizer ou algo que a terceiros interesse "ouvir"... Sem estes requisitos, que sentido faz colocar entradas no blogue por colocar - com lugares comuns e vazias de conteúdo!?
O fim de semana corre a uma velocidade estonteante... os trabalhos e estudo para a faculdade são uma constante... há que aproveitar o tempo.... Vá, não percas aqui mais do teu tempo...
Um bom fim de semana a todos!
Os desejo de uma noite agradável... e não Branca!
"Crónicas Portuguesas", 25 anos de Fotografia em Portugal

Breve Biografia do autor
Georges Dussaud, (Brou, Eure et Loir, Bretagne) As reportagens internacionais de Georges Dussaud, desde 1975, (Grécia, Portugal, Irlanda, Índia, Cuba, França tornaram conhecidas as suas imagens daquele humanismo fotográfico tardio que a Magnum soube realizar e recolher e que revela na Agência RAPHO, de Paris, a que pertence desde 1986. São fotografias de um fotógrafo flanneur, viajante e vagabundo da fotografia directa mas profundamente subjectiva e, naturalmente a preto e branco. Fixou em Portugal a paisagem e os homens no seu modo peculiar, (que já foi comparado a Koudelka), onde cada imagem é enquadrada com o que a cultura do olhar sugere ao fotógrafo, geometrizante, dinâmica ou estática, emotivamente centrada na estranheza dos lugares e das expressões. Foi dos primeiros, no nosso país, a ultrapassar a escola da Casa Alvão no Douro, dando-nos a vertigem dos montes e lugares sem a amabilidade do humanismo português, imagens incluídas no seu projecto-encomenda do governo francês em 1990, "Europe Rurale 1994". Outros projectos seus podem ver-se em diversa bibliografia, destacando-se Presqu’une île – sentiers douaniers en Bretagne, livro que obteve o prémio do mais belo livro marítimo 2005 no Festival Livre e Mar de Concarneau. Tem em preparação um livro que inclui a selecção pessoal das suas melhores 50 imagens ("Georges Dussaud-voyages photoghraphiques"), nas Editions de Juillet. Expõe regularmente em França, Irlanda e Portugal, Brasil, México, Itália fazendo parte de inúmeras colecções nestes países. Em Portugal, onde tem participado nos Encontros Fotográficos de Coimbra e de Braga, participa em diversos álbuns e catálogos e os livros "O Trás-os-Montes de Georges Dussaud", com textos de Gerard Castello Lopes, "Portugal e Índia", do Arquivo Fotográfico de Lisboa, "Portugal terra fria", Assírio & Alvim, "Douro de cepas e fragas", Instituto Vinho do Porto e "Trás-os-Montes", Assírio e Alvim, (1984). Pertence às colecções Nacional de Fotografia, C.P.F., Arquivo Fotográfico de Lisboa, Museu da Imagem, Braga."
Texto e fotografia em: http://www.cpf.pt/exposicoes.htm#t3
Foi apenas ontem que vi esta exposição...Georges Dussaud no centro Português de Fotografia (Cordoaria, Porto)
Uma belíssima e fascinante exposição de fotografia de alguém que conseguiu captar a "alma" do(s) povo(s) de Portugal
informação útil:14 Jul. a 4 De Nov. 2007
entrada gratuita
horário - 3ª a 6ª das 10.00 às 12.30 e das 15.00 às 18.00
Sábados, domingos e feriados: das 15.00 às 19.00
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Pontapé no Português
Gravuras Do Côa

(pormenor da parte inferior - cavalo(s) e égua - da Rocha 4 do Núcleo da Penascosa)